The Japan Times - Terapia com répteis ajuda a relaxar e aliviar transtornos em São Paulo

EUR -
AED 4.002423
AFN 77.808484
ALL 99.391421
AMD 431.06118
ANG 1.963747
AOA 993.864736
ARS 1161.289783
AUD 1.734381
AWG 1.964299
AZN 1.854186
BAM 1.954264
BBD 2.200061
BDT 132.385943
BGN 1.951293
BHD 0.410762
BIF 3228.077494
BMD 1.089763
BND 1.451466
BOB 7.529082
BRL 6.349285
BSD 1.089639
BTN 95.02331
BWP 14.865247
BYN 3.565781
BYR 21359.363223
BZD 2.18867
CAD 1.57042
CDF 3133.070236
CHF 0.961961
CLF 0.026568
CLP 1019.49559
CNY 7.912225
CNH 7.896246
COP 4503.861483
CRC 547.567092
CUC 1.089763
CUP 28.878731
CVE 110.178398
CZK 25.000284
DJF 194.026602
DKK 7.459191
DOP 68.246044
DZD 145.488931
EGP 55.217121
ERN 16.346451
ETB 142.246839
FJD 2.50351
FKP 0.841795
GBP 0.841608
GEL 3.024059
GGP 0.841795
GHS 16.888725
GIP 0.841795
GMD 78.462907
GNF 9421.551293
GTQ 8.400397
GYD 227.960819
HKD 8.466884
HNL 27.865969
HRK 7.531354
HTG 142.898335
HUF 400.453732
IDR 17954.942268
ILS 3.96299
IMP 0.841795
INR 95.022352
IQD 1427.384604
IRR 45892.661826
ISK 146.507961
JEP 0.841795
JMD 171.244613
JOD 0.772968
JPY 162.130102
KES 141.013028
KGS 95.299934
KHR 4367.587051
KMF 495.678998
KPW 980.832931
KRW 1582.695774
KWD 0.335778
KYD 0.907982
KZT 531.699637
LAK 23602.339919
LBP 97628.214838
LKR 321.916968
LRD 217.917714
LSL 19.902265
LTL 3.217788
LVL 0.659187
LYD 5.250849
MAD 10.549808
MDL 19.449623
MGA 5089.97585
MKD 61.499358
MMK 2287.059923
MNT 3782.614174
MOP 8.720446
MRU 43.278784
MUR 49.126543
MVR 16.784516
MWK 1889.40623
MXN 22.069834
MYR 4.828199
MZN 69.646328
NAD 19.902174
NGN 1674.595646
NIO 40.098666
NOK 11.638248
NPR 152.036799
NZD 1.910944
OMR 0.419567
PAB 1.089644
PEN 3.999356
PGK 4.449482
PHP 62.48812
PKR 304.979382
PLN 4.192658
PYG 8641.168266
QAR 3.971378
RON 4.977385
RSD 117.096126
RUB 94.342404
RWF 1547.276718
SAR 4.087181
SBD 9.177972
SCR 15.656659
SDG 654.947648
SEK 11.01158
SGD 1.453799
SHP 0.856383
SLE 24.900761
SLL 22851.800384
SOS 622.707685
SRD 39.068115
STD 22555.902772
SVC 9.534462
SYP 14169.423866
SZL 19.897269
THB 36.900477
TJS 11.876665
TMT 3.814172
TND 3.361458
TOP 2.552334
TRY 39.898784
TTD 7.409176
TWD 35.924485
TZS 2876.975036
UAH 45.166991
UGX 3998.856839
USD 1.089763
UYU 46.203683
UZS 14090.924324
VES 70.838536
VND 27745.376921
VUV 134.40309
WST 3.084087
XAF 655.438808
XAG 0.033001
XAU 0.000374
XCD 2.94514
XDR 0.815156
XOF 655.438808
XPF 119.331742
YER 268.965596
ZAR 20.046013
ZMK 9809.172474
ZMW 31.157367
ZWL 350.90338
Terapia com répteis ajuda a relaxar e aliviar transtornos em São Paulo
Terapia com répteis ajuda a relaxar e aliviar transtornos em São Paulo / foto: Nelson ALMEIDA - AFP

Terapia com répteis ajuda a relaxar e aliviar transtornos em São Paulo

A serpente de cor amarela com círculos marrons se enrosca como uma echarpe em volta do pescoço de David de Oliveira Gomes, que a manipula com delicadeza: "É uma jiboia", mas "não tenho medo".

Tamanho do texto:

A cena envolvendo este adolescente de 15 anos com autismo acontece em um centro terapêutico de São Paulo, onde pacientes com transtornos do tipo, ou com ansiedade, por exemplo, fazem um tratamento incomum com répteis que os ajuda a relaxar e a melhorar algumas habilidades como a comunicação.

"Ela se chama Gold, está fria, come ratos", afirma David, ao ser desafiado pela terapeuta Andrea Ribeiro a descrever a jiboia que se arrasta por sua jaqueta com estampa de camuflagem.

David "está trabalhando a elaboração do discurso e a memória", explica Andrea, especialista em terapia com animais e fonoaudióloga, sentada à mesa com o paciente.

Esta terapia original se desenvolve há uma década nesse centro paulista, onde já foram atendidas cerca de 160 pessoas. Acontece em um espaço aberto ao lado de um curral, onde outros fazem sessões com cavalos.

Logo ao lado, enfileiram-se mais de uma dezena de recipientes de plástico com diferentes tipos de serpentes, lagartos, tartarugas e até um jacaré.

Dependendo das necessidades e do interesse do paciente, utiliza-se um ou outro animal, explica a terapeuta.

"É comprovado pela medicina que durante o contato com o animal, a gente tem liberação de neurotransmissores — serotonina, beta-endorfina [...] —, que dão a sensação de prazer e bem-estar", explica Andrea.

Segundo a terapeuta, os animais abrem os canais de comunicação com os pacientes, permitindo uma efetividade maior e resultados mais rápidos em comparação com trabalho no consultório. Esta terapia, no entanto, não tem validação científica.

Além disso, de acordo com Andrea, os pacientes com autismo chegam "sem preconceitos" formados sobre jiboias, jacarés e demais répteis, que normalmente provocam medo na maioria das pessoas.

Outra vantagem dessas espécies, segundo Andrea Ribeiro, é que são "mais na deles". "O réptil vai despertar o interesse da criança. Não é ele que vai vir" até o paciente, como fazem os cachorros, por exemplo, que "solicitam interação o tempo inteiro".

- Música para jacaré -

"Ja-ca-ré. Abrindo três vezes a boca". Gabriel Pinheiro, de 10 anos, tenta imitar a terapeuta enquanto acaricia o dorso de um exemplar pequeno do animal.

"É o seu preferido", diz a terapeuta, que aproveita a curiosidade do menino para fazê-lo focar sua atenção e exercitar a comunicação.

"Está molhado", afirma Gabriel, ao se aproximar do animal, observando-o com os olhos fixos por trás dos óculos.

Depois de descrever as escamas "duras" e a barriga "mole", aproveitando as diferentes texturas da pele do animal para destacar os opostos, os dois cantam uma música sobre o jacaré, um teste para a memória auditiva de Gabriel.

Em quatro anos de terapia, o acompanhamento contribuiu para melhorar "a compreensão, a comunicação e as habilidades" motoras de Gabriel, conta sua mãe, Cristina de Oliveira Pinheiro, que enfatiza o aspecto anímico do menino. "Vem feliz e sai daqui de bom humor".

- Controle do estresse animal -

Paulo Palácio Santos, de 34 anos, por sua vez, tem um caso diferente. Ele ficou impossibilitado de se comunicar e caminhar após sofrer um traumatismo cranioencefálico grave em um acidente.

Andrea envolve seu rosto com uma cobra grossa que, ao exercer pressão, ativa o reflexo da deglutição. Seu pescoço fica frio, como a pele do animal.

Depois, faz uma jiboia mais fina deslizar pelo rosto de Santos para ativar os músculos ao redor da boca.

Ao lado de Andrea, sempre está Beatriz Araújo, uma bióloga de 24 anos, para minimizar os riscos.

Ela é responsável por cuidar e avaliar o estresse dos animais, cuja posse é regulamentada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

"Os perigos são os de qualquer animal. Estes foram criados desde início, então são tranquilos. Não usamos cobras venenosas, são constritoras [que matam por pressão]. Porém, sempre fico junto porque é um animal, não sabemos qual pode ser a reação", afirma Beatriz.

Segundo Andrea Ribeiro, desde que este trabalho começou, há dez anos, não houve nenhum registro de acidente.

Y.Hara--JT