The Japan Times - FMI prevê crescimento da economia global de 3,3% este ano, 2,5% na América Latina

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FMI prevê crescimento da economia global de 3,3% este ano, 2,5% na América Latina
FMI prevê crescimento da economia global de 3,3% este ano, 2,5% na América Latina / foto: Brendan SMIALOWSKI - AFP

FMI prevê crescimento da economia global de 3,3% este ano, 2,5% na América Latina

O Fundo Monetário Internacional está moderadamente otimista sobre o crescimento da economia global este ano, ao elevar suas previsões para 3,3% (+0,1 ponto percentual), enquanto mantém inalteradas as estimativas para a América Latina e Caribe em 2,5%.

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Na atualização de seu relatório anual, o FMI destacou a existência de riscos persistentes, como a ressurgência da inflação nos Estados Unidos, a deflação em outros países, como a China, ou as consequências da instabilidade política em várias economias importantes.

Entre as principais economias globais, os Estados Unidos têm a revisão mais acentuada, para +2,7% (+0,5 ponto percentual, pp), aumentando a brecha em relação a outras avançadas, particularmente a União Europeia.

Mas as previsões foram feitas sem levar em conta as políticas que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia adotar.

O FMI não levou isto em consideração porque carece de uma ideia precisa sobre o que o republicano vai implantar e como.

"A economia americana vai muito bem, com um mercado de trabalho sólido e uma demanda privada que segue sendo robusta. Em contraste, o crescimento na zona do euro está se recuperando, mas mesmo assim revisamos nossas previsões para baixo", declarou à AFP o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas.

O problema provém das duas principais economias europeias, Alemanha e França, cujas revisões foram revistas para baixo, diferentemente da Espanha, que já teve um bom desempenho nos últimos dois anos e que o FMI espera que mantenha um crescimento superior a 2% este ano (+2,3%).

Para a Alemanha, que encadeou dois anos de leve recessão, o FMI prevê um crescimento de apenas 0,3% (-0,5 pp em comparação com as últimas previsões de outubro passado).

"Há preocupação sobre um aumento dos preços da energia em alguns países, mas também alguma incerteza sobre o comércio com China e Estados Unidos e o que poderia acontecer no futuro. Isto pesa sobre países como a Alemanha, mas também sobre a França", reforçou Gourinchas.

- América Latina -

A economia francesa se expandirá 0,8% (-0,3 pp), em meio a uma situação política e econômica complicada.

A China continua vendo seu crescimento desacelerar de um ano para outro.

O FMI revisou levemente para cima suas previsões para 2025 a 4,6% (+0,1 pp), mas continua sendo inferior a 2024 (+4,8%) apesar dos estímulos anunciados pelo governo chinês nos últimos meses.

"Por um lado, você tem as medidas orçamentárias que ajudam, mas por outro, a China está, logicamente, potencialmente exposta a um aumento das tensões comerciais, o que já pode afetar a economia, com investimentos atrasados à espera de ter mais clareza", detalhou o economista-chefe do Fundo.

No entanto, o crescimento deveria melhorar de forma mais pronunciada em outras regiões, devido particularmente a um "reequilíbrio entre a China por um lado e outras economias por outro, como Índia e Brasil". Mas para a primeira economia da América Latina, o FMI mantém sua previsão inalterada em 2,2%.

As previsões para a segunda, o México, sobem 0,1 pp para +1,4% e as da terceira, a Argentina, se mantêm inalteradas em 5% depois de dois anos de recessão.

Em geral, a economia da América Latina e do Caribe crescerá 2,5% este ano e 2,7% em 2026, o mesmo que o previsto em outubro.

Depois de dois anos de fortes revisões, a previsão para a Rússia se mantém praticamente invariável em 1,4%, o que marca uma forte desaceleração (+3,8% em 2024).

Para as economias avançadas, o relatório tem uma boa noticia: a inflação vai se aproximar da meta de 2%, fixada pelos principais bancos centrais, com 2,1% previstos para este ano e 2% em 2026, um sinal de que a alta de preços de 2022 ficou para trás.

A dos países emergentes e em desenvolvimento segue sendo superior (+5,6% previstos), mas se espera que baixe, segundo o informe, que não inclui o dado da Argentina.

S.Fujimoto--JT