The Japan Times - Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico

EUR -
AED 3.858033
AFN 79.385983
ALL 98.402625
AMD 420.725714
ANG 1.889466
AOA 959.512189
ARS 1097.690384
AUD 1.663285
AWG 1.893282
AZN 1.78979
BAM 1.955455
BBD 2.116826
BDT 127.857425
BGN 1.958983
BHD 0.39553
BIF 3102.552193
BMD 1.050365
BND 1.41345
BOB 7.244721
BRL 6.211006
BSD 1.048415
BTN 90.384041
BWP 14.451448
BYN 3.430994
BYR 20587.144996
BZD 2.105928
CAD 1.521748
CDF 2988.287498
CHF 0.951129
CLF 0.037303
CLP 1029.29826
CNY 7.60895
CNH 7.609151
COP 4435.316871
CRC 529.006595
CUC 1.050365
CUP 27.83466
CVE 110.245534
CZK 25.11359
DJF 186.697036
DKK 7.469042
DOP 64.568599
DZD 140.975108
EGP 52.774682
ERN 15.755468
ETB 134.90668
FJD 2.420828
FKP 0.865067
GBP 0.841335
GEL 3.014956
GGP 0.865067
GHS 15.936186
GIP 0.865067
GMD 76.155474
GNF 9065.399352
GTQ 8.103569
GYD 219.341272
HKD 8.179872
HNL 26.696286
HRK 7.751216
HTG 136.955818
HUF 408.371637
IDR 16984.867286
ILS 3.75373
IMP 0.865067
INR 90.552456
IQD 1373.457493
IRR 44220.347529
ISK 146.452733
JEP 0.865067
JMD 164.930879
JOD 0.745238
JPY 163.851658
KES 135.616055
KGS 91.854783
KHR 4219.25502
KMF 491.889699
KPW 945.328203
KRW 1501.528024
KWD 0.323586
KYD 0.873746
KZT 543.004124
LAK 22846.965987
LBP 93885.522943
LKR 312.694789
LRD 207.583348
LSL 19.2558
LTL 3.101454
LVL 0.635355
LYD 5.158089
MAD 10.469751
MDL 19.500557
MGA 4899.134976
MKD 61.524137
MMK 3411.543056
MNT 3569.138822
MOP 8.412015
MRU 41.926597
MUR 48.684794
MVR 16.186515
MWK 1817.979005
MXN 21.29604
MYR 4.597975
MZN 67.129194
NAD 19.2558
NGN 1636.468315
NIO 38.583187
NOK 11.75852
NPR 144.614466
NZD 1.839035
OMR 0.403969
PAB 1.048415
PEN 3.893513
PGK 4.208257
PHP 61.184128
PKR 292.193208
PLN 4.216922
PYG 8295.535285
QAR 3.822325
RON 4.979362
RSD 117.099324
RUB 102.731861
RWF 1461.94187
SAR 3.939786
SBD 8.864467
SCR 15.047343
SDG 631.269445
SEK 11.474606
SGD 1.4139
SHP 0.865067
SLE 23.847126
SLL 22025.619151
SOS 599.194202
SRD 36.873087
STD 21740.425313
SVC 9.17338
SYP 13656.839741
SZL 19.260599
THB 35.280734
TJS 11.427682
TMT 3.68678
TND 3.336711
TOP 2.460063
TRY 37.426068
TTD 7.129741
TWD 34.397657
TZS 2670.328509
UAH 43.942341
UGX 3867.317161
USD 1.050365
UYU 45.581952
UZS 13596.599293
VES 59.430099
VND 26343.142678
VUV 124.701387
WST 2.941889
XAF 655.8412
XAG 0.034339
XAU 0.000379
XCD 2.838663
XDR 0.807757
XOF 655.8412
XPF 119.331742
YER 261.59367
ZAR 19.33531
ZMK 9454.54507
ZMW 29.119858
ZWL 338.216954
Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico
Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico / foto: Paul ELLIS - AFP

Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico

Com o tão sonhado título da Liga dos Campeões 2022-2023 conquistado neste sábado (10) ao vencer a Inter de Milão por 1 a 0 na final em Istambul, o Manchester City e seus donos bilionários finalmente têm o troféu que era uma verdadeira obsessão.

Tamanho do texto:

Quinze anos após a compra do clube pelo xeque Mansour Ben Zayed Al Nahyane, vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos, um clube estatal sobe ao topo da Europa.

O título também chega no ano em que a Premier League, após quatro anos de investigação, acusou o Manchester City de 115 violações de regras financeiras entre 2009 e 2018.

Esse processo pode demorar e, apesar do precedente da denúncia da Uefa por motivos semelhantes que foi anulada pelo Tribunal Arbitral do Esporte em 2020, a sombra paira sobre os sucessos da equipe.

Antes mesmo de se falar sobre um possível "doping financeiro", é colocada a questão da utilização do clube como instrumento de influência de um regime criticado por organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch pela falta de liberdade de expressão, pelas prisões arbitrárias ou discriminação contra mulheres e minorias sexuais.

O City Football Group (CFG), a 'holding' tentacular presente no capital de doze clubes dos cinco continentes, afirma não ser um instrumento de "soft power" mas um investimento pessoal do xeque Mansour. O mesmo Mansour que, em setembro de 2017, à frente do 'Conselho Estratégico do Soft Power dos Emirados' declarou: "nosso objetivo é ampliar a posição dos Emirados Árabes Unidos no mundo e no coração das pessoas". E o mesmo que, até a final deste sábado, não assistia a uma partida oficial do City desde a vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool em 2010, o que mostra que não se trata de um torcedor apaixonado.

- Campeão em apenas quatro anos -

Nos esforços dos Emirados Árabes Unidos para diversificar suas fontes de renda e atrair a atenção de países ocidentais ou da China, o Manchester City certamente pesa pouco, mas a presidência foi confiada a Khaldoon Al Mubarak, líder do fundo soberano do emirado.

Abu Dhabi, pioneiro no futebol europeu em 2008, salvou da falência o Manchester City, então propriedade do ex-primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra, descrito na época como "um violador dos direitos humanos da pior espécie" pela Human Rights Watch.

O modelo do City foi posteriormente imitado pelo Catar em 2011 ao assumir o Paris Saint-Germain. E pela Arábia Saudita que tomou as rédeas do Newcastle em 2021.

A verdade é que a chegada dos emirados trouxe o Manchester City para outra dimensão. Era um clube muito popular, mas esportivamente no segundo escalão e à sombra do vizinho United. Mas tudo isso logo mudou.

Foi décimo na Premier League em 2009, quinto em 2010, terceiro em 2011 e em seu quarto ano com os emirados, o Manchester City se sagrou campeão inglês.

Nos últimos treze anos, os 'Sky Blues' terminaram doze vezes no pódio, conquistando sete títulos da Premier league, quatro deles nas últimas cinco temporadas. A isto se juntam três Copas da Inglaterra e seis Copas da Liga Inglesa.

Essa 'tomada de poder' foi feita com grandes investimentos desde 2008 e contratações chamativas como Robinho no início e, mais recentemente, o astro norueguês Erling Haaland.

- Uma fórmula madura -

Para completar sua visibilidade, Abu Dhabi não hesitou também em fazer enormes investimentos em projetos urbanísticos e habitacionais na cidade de Manchester.

Mas nas últimas cinco temporadas, os 'Citizens' ocuparam apenas o 16º lugar entre os clubes mais gastadores da Premier League, segundo dados do Centro Internacional de Estudos Esportivos de Neuchâtel (Suíça), publicados em fevereiro, que indicam que seu modelo parece ter atingido a maturidade.

Apesar das decepções até este sábado na Liga dos Campeões, o City tem dado sinais de estabilidade e não tem caído em crises nervosas como as do Paris Saint-Germain.

Com o diretor executivo Ferrán Soriano, o diretor esportivo Txiki Begiristain e, obviamente, o técnico Josep Guardiola, a espinha dorsal se manteve e a aposta finalmente deu certo. O previsível sucesso de um modelo controverso.

K.Abe--JT