

Em grande fase no Barça, Raphinha coloca 'temporada fantástica' à prova na Seleção
A grande temporada no Barcelona o colocou como candidato à próxima Bola de Ouro. Mas Raphinha poderá ser protagonista na Seleção Brasileira, que ainda precisa engrenar?
Com Neymar mais uma vez fora por lesão, o polivalente atacante de 28 anos se apresenta como a principal peça ofensiva do Brasil para dois jogos complicados pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, contra Colômbia (4ª) e Argentina (1ª).
A Seleção (5ª) vai enfrentar os dois finalistas da Copa América-2024: recebe os colombianos na próxima quinta-feira, em Brasília, e cinco dias depois fará o clássico sul-americano contra a 'Albiceleste', sem o lesionado Lionel Messi, em Buenos Aires.
Embora ainda esteja na zona de classificação direta para o Mundial, o Brasil precisa vencer para se recuperar dos dois empates da rodada dupla anterior (1 a 1 contra Uruguai e Venezuela) e se aproximar da vaga antecipada, faltando seis rodadas para o fim das Eliminatórias.
"Já tivemos piores momentos, recuperamos, já tivemos melhores momentos e caímos de rendimento. Piorar não dá, estamos em um bom caminho", declarou Raphinha recentemente ao canal TNT Sports Brasil.
- "O melhor jogador brasileiro" -
Raphinha chega ao time do técnico Dorival Júnior com 27 gols e 21 assistências em 42 jogos nesta temporada pelo Barcelona, líder do Campeonato Espanhol e classificado para as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa.
Ele também é o brasileiro com mais gols (11) em uma única edição da Champions.
"Ele é incrível. Sua dinâmica, sua mentalidade, sua fome de gols, de ganhar. Está fazendo uma temporada fantástica", disse o técnico do time catalão, Hansi Flick. "É o melhor jogador brasileiro da atualidade", acrescentou.
As credenciais de Raphinha parecem suficientes para brigar pela Bola de Ouro, que não vem para o Brasil desde 2007, com Kaká, e para assumir um papel de liderança na Seleção, cujos principais nomes não vêm conseguindo repetir as boas atuações por seus clubes.
Com a 'Amarelinha', Vinícius Júnior, ganhador do prêmio The Best da Fifa em 2024, e Rodrygo tiveram números e atuações muito distantes das que costumam ter no Real Madrid. O próprio Raphinha teve um desempenho discreto.
"Não sei [o motivo da diferença], de repente pelo tempo que a gente tem de trabalho, a gente não consegue fazer 100% aquilo que o professor [Dorival] pede", disse o atacante do Barcelona.
"De repente, a fase está tão ruim de uma maneira geral que tudo que a gente tente dá errado. Mas, cara, eu costumo dizer que tudo na vida passa, sejam os momentos ruins ou os momentos bons", acrescentou.
- Dilemas no ataque -
Muito pressionado por melhores resultados, Dorival Júnior não consegue encaixar o jovem sistema ofensivo da Seleção em meio às ausências de Neymar, de outros talentos criativos e de um centroavante de confiança.
O treinador também tem lutado para encontrar uma solução para um problema crucial: o que fazer com Raphinha e Vini, que ocupam a mesma faixa do campo, pela esquerda?
Contra dois adversários complicados, a Colômbia de James Rodríguez e a Argentina de Julian Álvarez, Dorival confia na versatilidade de seus atacantes, em sua capacidade de adaptação e de encontrar espaços na frente do ataque.
"Grandes jogadores reunidos encontram caminhos desde que você apresente soluções e consiga dirigi-los. Essa organização, quando consolidada, taticamente e tecnicamente haverá evolução individual", disse o treinador no início do mês.
"Raphinha hoje é um dos postulantes a buscar a Bola de Ouro. Já jogou conosco como lateral, como atacante pelos lados direito e esquerdo, como segundo homem ou muito próximo do centroavante. Em qualquer função se adapta muito bem", elogiou Dorival.
K.Yamaguchi--JT