The Japan Times - Zelensky viajará ao Japão para o G7, que anuncia mais sanções contra a Rússia

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Zelensky viajará ao Japão para o G7, que anuncia mais sanções contra a Rússia
Zelensky viajará ao Japão para o G7, que anuncia mais sanções contra a Rússia / foto: Susan Walsh - POOL/AFP

Zelensky viajará ao Japão para o G7, que anuncia mais sanções contra a Rússia

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, comparecerá à reunião de cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, onde os líderes das principais potências industrializadas do planeta anunciaram novas sanções contra a "máquina de guerra" da Rússia.

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"Coisas muito importantes serão decididas e a presença do nosso presidente é absolutamente essencial para defender nossos interesses", explicou o secretário-geral do Conselho de Segurança ucraniano, Oleksii Danilov.

Inicialmente, Zelensky deveria discursar por videoconferência na reunião, que prosseguirá até domingo. Agora ele terá a oportunidade de reiterar no Japão o pedido de fornecimento de caças para responder à invasão russa.

Vários países europeus, como Reino Unido e Holanda, anunciaram esta semana que trabalharão para que a Ucrânia possa receber aviões F-16, mas que a eventual entrega deverá ser autorizada pelo governo dos Estados Unidos.

Em Hiroshima, cidade vítima do primeiro bombardeio atômico da história, em 1945, os governantes das sete maiores potências do planeta anunciaram novas sanções contra a Rússia, ao mesmo tempo que pretendem adotar uma posição comum a respeito da China.

Em um comunicado publicado após uma reunião sobre a Ucrânia, Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá anunciaram medidas para "privar a Rússia da tecnologia, equipamento industrial e serviços do G7 que sustentam sua máquina de guerra".

"Nós reafirmamos nosso compromisso de uma frente comum contra a guerra de agressão ilegal, injustificável e não provocada da Rússia contra a Ucrânia", afirma a nota.

O pacote inclui restrições às exportações de produtos "críticos para a Rússia no campo de batalha", além de medidas contra entidades acusadas de transportar material para o front a favor de Moscou.

O governo dos Estados Unidos estabeleceu o tom algumas horas antes ao anunciar novas sanções contra Moscou para restringir o acesso da Rússia a "produtos necessários para suas capacidades de combate

De modo concreto, Washington proibirá as exportações americanas para 70 entidades na Rússia e outros países.

- Sanções contra os diamantes russos -

Reino Unido e União Europeia (UE) anunciaram restrições contra a indústria de diamantes da Rússia, que tem o comércio avaliado entre 4 e 5 bilhões de dólares por ano (19,8 e 24,8 bilhões de reais) e representa uma importante fonte de receita para o Kremlin.

Em seu comunicado, o G7 se compromete a "restringir o comércio e o uso de diamantes extraídos, processados ou produzidos na Rússia", com o uso de tecnologias de rastreamento.

"O G7 continua unido diante da ameaça da Rússia e firme em seu apoio à Ucrânia", declarou o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

Emirados Árabes Unidos, Índia e Bélgica, país membro da UE, estão entre os principais importadores de diamantes russos.

Os líderes do G7 poderão apresentar seus argumentos a favor da medida diretamente ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, cujo país mantém relações militares estreitas com a Rússia e que se recusou a condenar a invasão da Ucrânia.

A Índia, ao lado do Brasil e da Indonésia, está entre os oito países não integrantes do fórum que foram convidados ao encontro de Hiroshima.

A iniciativa é uma tentativa de aproximar o G7 de países que relutam em condenar a Rússia e que recebem grandes investimentos da China.

- Homenagem às vítimas de Hiroshima -

Além da Rússia e da Ucrânia, a agenda da reunião é dominada pela China e a diversificação das redes de suprimentos dos países do G7, como forma de proteção contra o risco de coação econômica" de Pequim.

"Queremos organizar as relações de abastecimento, comércio e investimento em escala global, de uma maneira que não aumentem os riscos devido à dependência de certos países", disse o chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, sem mencionar a China diretamente.

A França afirmou que este "não será um G7 de confronto, e sim um G7 de cooperação e de exigência a respeito da China".

Antes do início da reunião de cúpula, o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, que tem raízes familiares e políticas em Hiroshima, recebeu os outros seis líderes do G7, um a um, no Parque Memorial da Paz.

Juntos, os sete governantes prestaram homenagem às 140.000 vítimas da bomba atômica lançada pelas tropas americanas na cidade em 6 de agosto de 1945.

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K.Hashimoto--JT