The Japan Times - Depois de Aleppo, rebeldes sírios tomam a cidade de Hama

EUR -
AED 3.813407
AFN 77.437179
ALL 99.647446
AMD 411.875364
ANG 1.871055
AOA 949.455356
ARS 1093.902177
AUD 1.659279
AWG 1.868809
AZN 1.764459
BAM 1.966944
BBD 2.096116
BDT 126.599708
BGN 1.956186
BHD 0.391397
BIF 3034.73818
BMD 1.038227
BND 1.408521
BOB 7.173852
BRL 5.980298
BSD 1.038102
BTN 90.46214
BWP 14.499568
BYN 3.397414
BYR 20349.253622
BZD 2.085375
CAD 1.487302
CDF 2961.024236
CHF 0.939835
CLF 0.02648
CLP 1016.144281
CNY 7.459974
CNH 7.567239
COP 4326.033292
CRC 525.391865
CUC 1.038227
CUP 27.513021
CVE 110.894356
CZK 25.146593
DJF 184.513751
DKK 7.45934
DOP 64.422017
DZD 140.820646
EGP 52.198861
ERN 15.573408
ETB 132.839158
FJD 2.404522
FKP 0.85507
GBP 0.831802
GEL 2.948246
GGP 0.85507
GHS 15.987039
GIP 0.85507
GMD 75.272791
GNF 8972.836897
GTQ 8.024697
GYD 217.196836
HKD 8.084776
HNL 26.446345
HRK 7.661648
HTG 135.79328
HUF 406.892198
IDR 16924.245827
ILS 3.704372
IMP 0.85507
INR 90.440648
IQD 1359.944256
IRR 43696.382537
ISK 146.794727
JEP 0.85507
JMD 163.516426
JOD 0.73652
JPY 160.179801
KES 134.086638
KGS 90.793051
KHR 4174.773411
KMF 497.155043
KPW 934.404618
KRW 1509.250627
KWD 0.320345
KYD 0.865126
KZT 539.45193
LAK 22582.597486
LBP 92966.300237
LKR 310.97788
LRD 206.596472
LSL 19.484153
LTL 3.065615
LVL 0.628013
LYD 5.119102
MAD 10.46278
MDL 19.502055
MGA 4873.753782
MKD 61.52365
MMK 3372.12153
MNT 3527.896224
MOP 8.327119
MRU 41.442597
MUR 48.797235
MVR 16.013988
MWK 1800.151031
MXN 21.29866
MYR 4.613901
MZN 66.352554
NAD 19.484153
NGN 1548.513134
NIO 38.207204
NOK 11.665863
NPR 144.739924
NZD 1.837844
OMR 0.399735
PAB 1.038112
PEN 3.85546
PGK 4.22703
PHP 60.239498
PKR 289.509473
PLN 4.209389
PYG 8174.471111
QAR 3.784816
RON 4.975497
RSD 117.095405
RUB 104.55855
RWF 1466.350189
SAR 3.894033
SBD 8.799168
SCR 15.441534
SDG 623.97465
SEK 11.383025
SGD 1.403819
SHP 0.85507
SLE 23.775831
SLL 21771.105724
SOS 593.278447
SRD 36.447003
STD 21489.207397
SVC 9.083552
SYP 13499.030372
SZL 19.477918
THB 34.950366
TJS 11.315838
TMT 3.633795
TND 3.332545
TOP 2.431633
TRY 37.306304
TTD 7.041096
TWD 34.16131
TZS 2661.255699
UAH 43.327915
UGX 3820.720442
USD 1.038227
UYU 44.784596
UZS 13480.636168
VES 60.96402
VND 26142.56154
VUV 123.260421
WST 2.907895
XAF 659.713766
XAG 0.032345
XAU 0.000365
XCD 2.805861
XDR 0.796226
XOF 658.754784
XPF 119.331742
YER 258.315743
ZAR 19.385676
ZMK 9345.294735
ZMW 29.198271
ZWL 334.308743
Depois de Aleppo, rebeldes sírios tomam a cidade de Hama
Depois de Aleppo, rebeldes sírios tomam a cidade de Hama / foto: Rami al SAYED - AFP

Depois de Aleppo, rebeldes sírios tomam a cidade de Hama

Rebeldes sírios liderados por islamistas radicais entraram, nesta quinta-feira (5), na cidade estratégica de Hama, no centro da Síria, após confrontos com o exército do presidente Bashar al Assad, que reconheceu sua derrota.

Tamanho do texto:

Hama está situada no eixo que leva a Homs, no centro, e à capital, Damasco, que são hoje as duas únicas grandes cidades nas mãos de Assad, cada vez mais enfraquecido pela ofensiva relâmpago dos insurgentes lançada do norte.

Em uma semana, os rebeldes liderados pelos radicais islamistas do Hayat Tahrir al Sham (HTS) tomaram a maior parte de Aleppo, a segunda cidade do país, e continuaram seu avanço em direção a Hama, mais ao sul. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), mais de 800 pessoas morreram, entre combatentes e civis.

Ao entrarem em Hama, alguns rebeldes atiraram para o alto, enquanto outros se ajoelharam para rezar, segundo imagens da AFP. Muitos moradores aplaudiram a chegada deles.

Em Homs, parte da população começou a fugir para Damasco ou para o litoral mediterrâneo, diante da possível tomada da cidade pelos rebeldes, relataram alguns residentes à AFP.

"Tememos que se vinguem de nós. Não temos para onde ir se estourarem combates em Homs. Lutaremos até a morte", declarou Abas, um funcionário público de 33 anos.

"Nossas forças entraram na prisão central de Hama e libertaram centenas de prisioneiros detidos injustamente", anunciou Hasan Abdel Ghani, líder militar da coligação rebelde, em um canal do Telegram.

O chefe do HTS, Abu Mohammad al-Jolani, prometeu em uma mensagem em vídeo que não haveria nenhuma "vingança" em Hama. Ele disse que seus combatentes entraram na cidade "para fechar a ferida aberta há 40 anos".

Hama, a quarta maior cidade da Síria, foi cenário, em 1982, de um massacre executado pelo exército comandado pelo pai do presidente Bashar al-Assad, que reprimiu uma insurreição da Irmandade Muçulmana.

- "Fracasso coletivo" -

O Exército sírio reconheceu, em um comunicado, que havia perdido o controle de Hama e que suas forças foram "redistribuídas fora da cidade".

Segundo o OSDH, "mais de 200 veículos militares" do Exército deixaram Hama em direção a Homs, e as forças governamentais também se retiraram de outras duas cidades da região, incluindo uma localizada na estrada que liga Hama a Homs.

A agência oficial síria, Sana, informou que a defesa antiaérea derrubou dois drones "inimigos" em Damasco, sem fornecer mais detalhes.

Os confrontos travados desde o início da ofensiva rebelde são os primeiros desta magnitude desde 2020 na Síria, onde uma guerra civil devastadora eclodiu em 2011, deixando meio milhão de mortos.

O país está dividido em várias zonas de influência, onde as partes em conflito contam com o apoio de diversas potências estrangeiras.

Desde o início da ofensiva rebelde, em 27 de novembro, os combates e os bombardeios deixaram 826 mortos, incluindo 111 civis, segundo o OSDH, ONG sediada no Reino Unido que possui uma ampla rede de fontes de informação na Síria.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu o fim da "massacre" na Síria, atribuindo-a a um "fracasso coletivo crônico" em alcançar uma solução política para o conflito.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, cujo país é um importante aliado dos rebeldes, pediu a Assad que encontre "urgentemente" uma "solução política".

A Rússia e o Irã, principais aliados de Damasco, estão em "contato próximo" com a Turquia, de acordo com a diplomacia russa.

- "Golpe muito duro" -

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, alertou para o ressurgimento do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria, onde proclamou um "califado" em 2014, derrotado anos depois.

Mais de 115 mil pessoas foram deslocadas em uma semana de combates, apontou a ONU.

Com o apoio militar da Rússia, do Irã e do movimento libanês pró-iraniano Hezbollah, o regime recuperou grande parte do país em 2015 e, em 2016, toda Aleppo, cuja parte oriental havia sido tomada pelos rebeldes em 2012.

Enfraquecido por dois meses de guerra aberta com Israel, o Hezbollah reafirmou nesta quinta-feira seu apoio ao governo de Bashar al Assad.

"A perda de Hama é um golpe muito duro para o governo sírio, especialmente após sua derrota em Aleppo. Foi lá que o Exército tentou reverter a situação [...], mas não conseguiu", disse à AFP Aron Lund, pesquisador do centro de estudos Century International.

"Agora, o HTS tentará avançar em direção a Homs", acrescentou.

Y.Watanabe--JT