The Japan Times - Viver nas sombras, um risco para a saúde mental dos migrantes

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Viver nas sombras, um risco para a saúde mental dos migrantes
Viver nas sombras, um risco para a saúde mental dos migrantes / foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS - AFP

Viver nas sombras, um risco para a saúde mental dos migrantes

"Viver nas sombras", temendo uma deportação, afeta a saúde mental dos migrantes, que pode se deteriorar, assim como a de seus filhos, devido às ameaças de operações de captura em massa de estrangeiros nos Estados Unidos, afirmam especialistas.

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Durante a maior parte de suas vidas, os migrantes arcam com "instabilidade e incerteza", pois deixaram para trás seus entes queridos, afirma à AFP Susanna Francies, uma psicóloga especializada em migração com dez anos de experiência.

"Muitos migrantes sofrem traumas" e "se sentem que têm que permanecer nas sombras ou que não podem revelar seu status migratório, isso torna mais difícil para para eles terem acesso a tratamento de saúde mental", explica.

A incerteza disparou nas últimas semanas com a promessa do presidente Donald Trump de realizar deportações em massa. Uma angústia constante para muitos estrangeiros.

"Minha ansiedade aumentou muitíssimo", disse por telefone à AFP Alejandro Flórez, um venezuelano de 26 anos, que chegou em 2016 aos Estados Unidos.

- "Custo a dormir" -

Ele sente isso na dificuldade para conciliar o solo. "Custo a dormir. Desde a semana passada, quando dormi, foi durante três ou quatro horas por noite", conta.

"Eu não posso voltar para a Venezuela. Se voltar, me põem na prisão ou me matam porque protestei contra a ditadura", explica o jovem que pediu asilo há sete anos e está sob a proteção de um recurso migratório que dá permissão de residência e trabalho conhecido como o TPS (Status de Proteção Temporária).

Organizações de defesa dos migrantes temem que as ameaças de Trump gerem pânico e que os migrantes se escondam por medo das batidas policiais que, no caso das crianças, deixam marcas profundas.

Pesquisas realizadas pela ONG Centro de Direito e Política Social (Clasp) demonstram que "a simples ameaça de separação pode prejudicar o desenvolvimento de uma criança", afirmou sua diretora de imigração, Wendy Cervantes, em uma coletiva de imprensa.

"Quando um pai é deportado, as crianças que ficam para trás sofrem com má saúde física e mental, resultados acadêmicos ruins, assim como a insegurança alimentar e de moradia" e isto "pode durar anos", assegura.

Cervantes alerta para as consequências das operações em residências particulares.

"As batidas em casa costumam ser o pior pesadelo de uma criança transformado em realidade porque ocorrem tarde da noite, quando está dormindo, e incluem a entrada à força de agentes armados em sua casa para levar seus pais", explica.

A separação familiar também o preocupa.

O "czar da fronteira" Tom Honan chefiou o Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE) no primeiro mandato de Trump, durante o qual milhares de crianças foram separadas de suas famílias para desestimular a chegada de migrantes sem visto pela fronteira com o México.

"Especialistas em saúde confirmaram mais de uma vez que simplesmente não há uma forma segura de deter uma criança", afirma Cervantes.

- "Consequências duradouras" -

"Conheci crianças que foram separadas dos pais na fronteira" com o México "e [isto] tem consequências duradouras", confirma Susanna Francies.

"O czar da fronteira" não descartou reintroduzir os centros de detenção familiar e afirmou que os migrantes teriam a opção de deixar seus filhos nascidos nos Estados Unidos em solo americano ou serem expulsos com eles.

Cinco milhões de crianças americanas têm pelo menos um dos pais em situação irregular.

Enquanto isso, os migrantes vivem grudados nos meios de comunicação.

"Durante grande parte do dia, ficamos atentos ao que disseram agora, ao que vão fazer", admite Flórez.

K.Hashimoto--JT