Esposa de Netanyahu está sob investigação criminal, anuncia MP israelense
O Ministério Público de Israel anunciou neste domingo (2) a abertura de uma investigação criminal contra Sara Netanyahu, esposa do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em uma carta enviada a uma deputada da oposição que solicitou informações.
“Uma investigação criminal foi aberta” por suspeita de delitos criminais, segundo o Ministério.
O MP não especificou a natureza da investigação contra Sara Netanyahu, que está atualmente nos Estados Unidos.
A legisladora do Partido Democrata Naama Lazimi a acusou de pressionar testemunhas durante o julgamento por corrupção de seu marido, depois que um programa de TV investigativo foi ao ar em dezembro.
A “notificação [...] é importante para o controle parlamentar, o sistema judicial e o Estado de Direito”, reagiu Lazimi, ex-membro do Partido Trabalhista, no X.
“Não vou me calar, não vou desistir e não vou permitir que o assunto seja enterrado. A justiça será feita, nós cuidaremos disso”, acrescentou.
O programa investigativo, exibido pelo Canal 12, acusou a esposa de Netanyahu de tentar intimidar uma testemunha no processo contra seu marido.
No episódio, são ouvidas supostas gravações de Sara Netanyahu pedindo ao assessor de seu marido, que morreu mais tarde, para assediar e fazer campanha negativa nas mídias sociais contra os opositores do marido, em particular contra Hadas Klein, uma das principais testemunhas no julgamento contra o primeiro-ministro israelense.
Em dezembro, o chefe de Governo compareceu pela primeira vez durante seu julgamento por corrupção. Ele considerou as acusações contra ele como “ridículas”.
O julgamento foi iniciado em maio de 2020, mas foi interrompido devido à guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do movimento islamista Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
O primeiro-ministro pediu várias vezes que a audiência fosse adiada devido ao conflito.
Netanyahu é o primeiro chefe de Governo israelense em exercício a enfrentar um processo criminal. Ele é acusado de suborno, fraude e abuso de confiança.
T.Maeda--JT