The Japan Times - Talibãs apostam na mineração no Afeganistão como fonte de renda

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Talibãs apostam na mineração no Afeganistão como fonte de renda
Talibãs apostam na mineração no Afeganistão como fonte de renda / foto: Ahmad SAHEL ARMAN - AFP/Arquivos

Talibãs apostam na mineração no Afeganistão como fonte de renda

Um mineiro nas montanhas do leste do Afeganistão joga água sobre um bloco de jade, a gema verde que faz parte da campanha das autoridades talibãs para capitalizar os generosos recursos minerais do país.

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O governo talibã quer atrair investidores locais e estrangeiros com a riqueza subterrânea afegã e garantir uma fonte de receita crucial.

Sob a paisagem rochosa do Afeganistão, há esmeraldas, rubis, mármore, ouro e lítio avaliados em bilhões de dólares, de acordo com estudos dos Estados Unidos e da ONU de 2010 e 2013.

Essa riqueza ficou inexplorada durante décadas de guerra, mas os talibãs assinaram cerca de 200 contratos no valor de bilhões de dólares, majoritariamente com empresas locais, desde que regressaram ao poder em 2021.

"Queremos que o Afeganistão seja autossuficiente, mas há obstáculos", comentou à AFP Humayoun Afghan, porta-voz do Ministério de Minas. "Não temos peritos nem infraestruturas nem conhecimentos", admitiu.

O funcionário assegurou que as autoridades receberão "qualquer pessoa que queira investir, sobretudo aqueles com experiência em mineração".

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), a produção de carvão, talco e cromo aumentou fortemente em 2021 e 2022.

O Ministério de Minas costuma publicar concursos para projetos de exploração e extração, e o Banco Mundial assinalou que há resultados visíveis: uma expansão de 6,9% nas minas e pedreiras conduziu a um incremento de 2,6% do setor industrial em 2023-2024.

Mas, embora o governo tenha "leiloado vários pequenos contratos de mineração para cobrir suas necessidades de dinheiro, muitos destes contratos não começaram a operar", indicou o governo em dezembro.

O perito em mineração Javed Noorani assinalou que as autoridades licitaram "talvez 10 vezes mais do que a sua capacidade de executar".

- "País estabilizado" -

Os talibãs travaram uma guerra de insurgência de duas décadas contra o governo afegão apoiado pelos Estados Unidos e a Otan, e tomaram o poder em 2021 após a retirada das forças estrangeiras.

Os investidores estrangeiros abandonaram o país, apesar de a segurança ter melhorado de forma considerável.

Muitos temem ser associados ao "Emirado Islâmico", que não é reconhecido internacionalmente e enfrenta sanções ocidentais.

Mas alguns países que mantêm relações com Cabul, como China, Irã, Turquia e Catar, aproveitaram a oportunidade. "A primeira coisa que os investidores dizem quando nos reunimos é que o país se estabilizou e agora querem investir", comentou Afghan, que calcula que a mineração gerou 150.000 empregos desde 2021.

Mas ataques esporádicos contra estrangeiros seguem ocorrendo, reivindicados pelo grupo Estado Islâmico. Um mineiro chinês foi assassinado em janeiro quando viajava pela província de Tajar, no norte do país.

- China à frente -

A estatal chinesa MCC opera o depósito de cobre de Mes Aynak, o segundo maior do mundo, sob um contrato de 2008 restabelecido pelo governo talibã.

Outras empresas chinesas têm pelo menos mais três projetos de mineração, em especial em ouro e cobre, segundo Afghan.

Em uma montanha de Goshta, na província oriental de Nangarhar, extrai-se jade para a fabricação de joias. "A maioria da nossa nefrita vai para a China", indicou Habibrahman Kawal, coproprietário da mina.

Apenas 14 empresas mineiras ativas operavam sob o governo anterior, segundo o britânico Centre for Information Resilience. "Isto sugere que há novas empresas dominando o setor de mineração no Afeganistão”.

O governo se recusou a revelar os números de receitas do setor.

- Risco ambiental -

Shir Baz Kaminzada, presidente da Câmara de Indústrias e Minas do Afeganistão, assinalou que alguns investidores ignoram as sanções internacionais sabendo que "podem ganhar dinheiro".

"Em um lugar como o Afeganistão, onde há pouquíssima experiência em mineração e muito poucas -- se é que existem – regulamentações, isso é uma vantagem para as empresas que chegam", assinalou o geofísico David Chambers, presidente de uma ONG que presta assistência técnica à mineração.

A situação permite trabalhar rapidamente, mas "pode causar dano ambiental ou econômico", advertiu.

O principal perigo está nos resíduos da mineração, porque apenas 1% do que é escavado é removido.

Os restos poderiam conter sulfeto de ferro, que contaminam o solo ao entrar em contato com a água.

O Ministério de Minas diz aderir à legislação existente sobre a limpeza das minas, embora não tenha dado detalhes.

Chambers assinalou que tudo o que não é investido na limpeza "é lucro", embora isso conduza a "potenciais custos de longo prazo".

Mas, no Afeganistão, admitiu Kaminzada, "as pessoas não se preocupam com o longo prazo".

K.Yoshida--JT