The Japan Times - A guerra ideológica do governo Trump contra a Europa

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A guerra ideológica do governo Trump contra a Europa
A guerra ideológica do governo Trump contra a Europa / foto: ROBERTO SCHMIDT - AFP/Arquivos

A guerra ideológica do governo Trump contra a Europa

Os europeus estão descobrindo até que ponto o governo Trump os despreza, já que há dois meses parece travar uma guerra ideológica contra seus aliados históricos.

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- Os "oportunistas" europeus -

Em 24 de março, uma rara falha de segurança revelou uma declaração particularmente hostil aos europeus durante uma conversa online sobre os ataques americanos aos rebeldes huthis do Iêmen.

Entre os participantes estavam o vice-presidente americano, JD Vance, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e um jornalista adicionado por engano.

"Se você acha que devemos fazer isso, vá em frente. Eu simplesmente odeio ter que socorrer a Europa novamente", escreveu Vance a Hegseth.

O secretário explicou que cálculos estavam sendo feitos para cobrar as operações americanas dos europeus, que se beneficiariam de uma maior segurança no transporte de mercadorias no Mar Vermelho, ameaçado pelos ataques dos huthis a navios que acusam de ter vínculos com Israel.

"Eu compartilho totalmente sua repulsa pelos oportunistas europeus. É PATÉTICO", respondeu o chefe do Pentágono.

- O discurso hostil de Vance em Munique -

O vice-presidente Vance se tornou o soldado mais agressivo de Donald Trump contra a Europa.

Em fevereiro, durante a Conferência de Segurança de Munique focada na guerra na Ucrânia, JD Vance acusou os europeus de sufocar a liberdade de expressão e religiosa.

O vice-presidente também os instou a romper o "cordão sanitário" em torno da extrema direita e atacou os padrões europeus sobre liberdades civis, além das "pressões" exercidas pelos governos europeus nas "redes sociais em nome de uma suposta desinformação".

Para ele, a maior ameaça ao Velho Continente não é "a China ou a Rússia", mas sim "o retrocesso da Europa em relação a alguns dos seus valores mais fundamentais".

- UE, pensada para "irritar" os EUA -

Em 26 de fevereiro, Donald Trump afirmou que a União Europeia, cuja criação foi incentivada por Washington, foi criada para "irritar" os Estados Unidos e ameaçou impor tarifas alfandegárias de 25% sobre produtos europeus.

"A UE foi criada para irritar os Estados Unidos. Esse era o objetivo, e conseguiram. Mas agora eu sou o presidente", disse ele.

Para o presidente americano, a União Europeia é, antes de tudo, um adversário comercial. Os europeus "podem tentar retaliações (comerciais), mas não vão funcionar", disse.

Donald Trump reformulou a acusação na terça-feira, alegando que os europeus estavam "se aproveitando". "A União Europeia tem sido absolutamente horrível conosco", insistiu.

- Groenlândia no futuro dos EUA -

Desde sua eleição, Donald Trump insiste em seu desejo de anexar a Groenlândia, que pertence à Dinamarca, país europeu e aliado da Otan.

"Acho que a Groenlândia é algo que pode estar em nosso futuro. (...) É importante de um ponto de vista da segurança internacional", disse o presidente na segunda-feira.

Mesmo antes de seu pai assumir o cargo, Donald Trump Jr. visitou o território do Ártico como "turista". Na sexta-feira, será a vez do vice-presidente JD Vance e sua esposa Usha, junto com o conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz. Nenhum deles foi convidado.

JD Vance não planejava inicialmente viajar para a Groenlândia, onde sua esposa assistiria a uma corrida nacional de trenós puxados por cães. No entanto, os planos para a visita mudaram, e agora concentrarão sua presença em uma base militar americana.

Antes que a viagem do vice-presidente fosse divulgada, o governo dinamarquês já havia criticado a visita.

"Não se pode organizar uma visita privada com representantes oficiais de outro país", disse a primeira-ministra, Mette Frederiksen, criticando uma "pressão inaceitável".

- Ucrânia, sem os europeus -

Em 12 de fevereiro, Donald Trump anunciou que havia concordado, em uma conversa telefônica com Vladimir Putin, em iniciar negociações diretas sobre a Ucrânia.

Seis dias depois, as primeiras negociações russo-americanas foram realizadas em Riade. Os europeus estavam ausentes, assim como nas novas reuniões de domingo e segunda-feira, também na Arábia Saudita.

Três anos após a invasão da Ucrânia pela Rússia, os Estados Unidos de Trump quebraram um tabu: em 23 de fevereiro se aliaram a Moscou contra os países da UE durante algumas votações na ONU sobre o conflito ucraniano.

Os americanos promovem sua ideia de uma paz rápida sem condenar a Rússia ou defender as fronteiras da Ucrânia.

M.Sugiyama--JT