Praga receberá primeira exposição na Europa do esqueleto Lucy, de 3,18 milhões de anos
Fragmentos ósseos de Lucy, um ancestral humano de 3,18 milhões de anos que mal saiu da Etiópia, serão exibidos pela primeira vez na Europa este ano em um museu em Praga, disse o primeiro-ministro tcheco nesta terça-feira (4).
Os restos mortais desse Australopithecus afarensis foram descobertos na Etiópia em 1974. Na época, era o hominídeo mais completo já encontrado e revolucionou a compreensão dos ancestrais humanos.
“Os restos do esqueleto de Lucy serão exibidos na Europa pela primeira vez”, disse o primeiro-ministro Petr Fiala ao anunciar o empréstimo do Museu Nacional da Etiópia.
Os fragmentos serão exibidos no Museu Nacional de Praga como parte da exposição “Origens Humanas e Fósseis”, que terá início em 25 de agosto e durará dois meses.
A exposição também apresentará Selam, o fóssil de um bebê Australopithecus que viveu cerca de 100.000 anos antes de Lucy e foi encontrado no mesmo local 25 anos depois.
Em seu estado atual, Lucy tem restos fossilizados de dentes, fragmentos de crânio, partes da pélvis e do fêmur.
O fóssil de 1,1 metro de altura e 29 quilos saiu da Etiópia pela última vez entre 2007 e 2013, durante uma turnê por vários museus dos EUA.
Seu nome vem da canção dos Beatles “Lucy in the sky with diamonds”, que a equipe de pesquisadores ouviu após a descoberta.
De acordo com os cientistas, Lucy já andava ereta e teria morrido entre os 11 e 13 anos de idade, o que é considerado um período adulto para essa espécie.
Por muito tempo, foi o mais antigo ancestral humano encontrado até a descoberta de Toumai, no Chade, o crânio de um gênero hominídeo extinto de 6 a 7 milhões de anos atrás.
M.Fujitav--JT